Marco Pigossi encara os conflitos do mocinho Juvenal, em ‘Gabriela’



RIO - Uma reviravolta marcou o romântico Juvenal, personagem de Marco Pigossi em “Grabriela”, na última semana. Ao descobrir que o irmão, Berto (Rodrigo Andrade), e a avó, Doroteia (Laura Cardoso), estavam por trás da tentativa de assassinato de Lindinalva (Giovanna Lancellotti), ele dá uma surra no primeiro e rompe com a família. Tudo em nome do amor pela jovem. Na reta final do remake, o ator já planeja o próximo trabalho: fará a peça “O olho azul da falecida”, texto do inglês Joe Orton.

Ficou nervoso ao gravar as cenas de briga?
São essas cenas que a gente espera. Ator quer conflito para os personagens. E gravar um embate com a Laura Cardoso foi maravilhoso. Ela é muito disposta a jogar com você. Tem o mesmo brilho no olhar que eu tenho agora, aos 23 anos, começando.

Fazer mocinho é mais difícil?
Juvenal foi bem construído. Ele aparenta ser frágil, mas é corajoso. Ninguém é uma coisa só e não gosto de interpretar uma pessoa chapada. Eu me preocupo em fazer personagens tridimensionais.

Teve medo de Juvenal se tornar um chato?
O mocinho acaba sempre sendo um pouco chato, mas Juvenal é um herói romântico.

Fonte: O Globo.



Por Lindinalva, Juvenal enfrenta a família e vai embora de casa



Na casa de Amâncio (Genézio de Barros), a mesa está arrumada para a ceia de Natal. Vatapá, bacalhau baiano e um delicioso bobó chamam a atenção de Dorotéia (Laura Cardoso), que quando chega à mesa, tem sua atenção desviada pela discussão entre Berto (Rodrigo Andrade) e Juvenal (Marco Pigossi): “Que vergonha! Dois irmãos brigando no Natal!”, solta a matriarca.
Amâncio também fica incomodado: “Pior é que brigaram por causa de quenga!”. Assim que escuta a frase do pai, Juvenal rebate, dizendo que Lindinalva (Giovanna Lancellotti) não é quenga: “É minha noiva! Voinha, a senhora mandou matar Lindinalva? Responda sim ou não, faça o favor!”, pergunta ele.

Dorotéia se faz de desentendida, mas Berto toma a frente na resposta: “Eu lhe digo: voinha e painho sabiam que eu ia matar Lindinalva. E deram a bênção”. No mesmo instante, Juvenal, ainda meio incrédulo, encara a avó e o pai. Ele enxerga a verdade através dos olhos dos dois e avisa que vai embora. Amâncio ainda tenta intervir, dizendo que filho de não casa com quenga. Dorotéia emenda: “Se casar, está deserdado.”
Era o que o jovem esperava. Arrasado com a verdade, o jovem junta forças e dá um tapa de luva de pelica na família: “Eu tenho o pouco de dinheiro que mainha me deixou. Vou pra Salvador mais Lindinalva. Tenho mãos pra trabalhar. Engulam seu dinheiro!”. Logo depois ele sai pela portar para nunca mais volta... Fique ligado! A cena vai ao ar no dia 26 de setembro, quarta-feira.
Fonte: Globo.com

Marco Pigossi diz que mulherada nas ruas quer o Juvenal de Gabriela



A paixão pela obra de Jorge Amado veio à tona quando Marco Pigossi foi escalado para viver o romântico Juvenal no remake de Gabriela. O ator ainda estava gravando como o ambíguo Rafael, de Fina Estampa, quando foi chamado para o atual folhetim das 23h, na Globo.

"Jorge Amado é um escritor único. Criou tipos e histórias que estão presentes no inconsciente coletivo do Brasil. Além disso, voltar a trabalhar com o Walcyr Carrasco é muito legal", valoriza Pigossi, lembrando que se tornou conhecido pelo grande público ao interpretar o divertido e efeminado Cássio de Caras & Bocas, trama assinada por Walcyr em 2009.

Íntimo do teatro - apesar da pouca idade -, o ator paulistano, de 23 anos, vem ganhando cada vez mais destaque na tevê. Sem esquecer das origens, ele usa a visibilidade das novelas que participa em prol de seus projetos teatrais.

"São trabalhos complementares. O teatro é onde me reinvento. Na tevê, encontrei disciplina e o contato com o grande público", analisa o ator, que se mostra surpreso com a repercussão do romance entre Juvenal e Lindinalva, de Giovanna Lancellotti.
"É um amor inocente. Existe uma torcida muito grande para que eles fiquem juntos. As mulheres que me param nas ruas brincam que querem um Juvenal só para elas", entrega, aos risos.

O Fuxico  – Apenas três meses separam o último capítulo de Fina Estampa e a estreia de Gabriela. Você ficou preocupado com a proximidade entre os projetos ou com a possibilidade de ser repetir como ator?

Marco Pigossi – Fiquei receoso quando recebi o convite. Pois as gravações de Fina Estampa nem tinham acabado ainda. No entanto, por ser muito fã de Jorge Amado, me empolguei por participar de um projeto baseado na obra dele. Li Gabriela Cravo e Canela quando tinha uns 16 anos e tenho uma relação pessoal com o livro. Se fosse uma trama contemporânea, talvez eu tivesse ficado com medo de deixar a atuação no piloto automático, mas o trabalho em uma novela de época funciona de forma diferente.

OF - Como assim?

MP – O processo de construção para o personagem é mais intenso. O texto não é só escrito, como também é falado de outra maneira. Para dar corpo a isso, a postura, o modo de andar e os gestos precisam se adequar ao contexto histórico. E ainda tem a caracterização, que sempre ajuda muito.

OF – Seu personagem não integra a primeira versão da trama, de 1975. No tempo que teve para se preparar para Gabriela, você recorreu somente ao texto do Walcyr Carrasco ou fez alguma pesquisa para compor o Juvenal?

MP - Eu sou muito disciplinado com o trabalho. O que recebo do Walcyr me dá plenas possibilidades para atuar, mas sempre quero mais. As melhores histórias e personagens estão nos livros. Juvenal é um herói romântico e temos muitos exemplos disso na literatura. Então, fui juntando um pouco dos que eu já conhecia e criando-o. Pelo pouco tempo que tive, fui equilibrando a atuação durante as gravações.

OF – Você ficou conhecido ao dar vida ao afetado Cássio, de Caras & Bocas. Mais recentemente, em Fina Estampa, fez o vilão arrependido Rafael. Atualmente, você interpreta um típico mocinho de novela. É você quem busca essa diversidade entre os personagens ou simplesmente aconteceu?

MP – É um pouco de cada coisa. Sempre me mostro motivado a encarar tipos diferentes. Não quero me acomodar e ser reconhecido como "aquele ator que faz sempre o mesmo personagem". Até agora, tenho tido sorte. O que tem acontecido é que as minhas preferências têm combinado com o que a emissora reserva para mim. O Juvenal é um personagem completamente diferente dos outros que já fiz. Ele é um homem íntegro, fiel e apaixonado.

OF – Gabriela acaba em outubro. Você pretende tirar férias ou já tem algo programado para depois que as gravações terminarem?

MP - Eu ando muito inquieto. Com vontade de desenvolver e produzir coisas. Acho que devo demorar um pouco a voltar ao ar, mas vou continuar tocando meus projetos no teatro. Acabei a temporada carioca de O Auto da Compadecida e logo começo a ensaiar O Olho Azul da Falecida, texto do inglês Joe Orton. Além de ator, pela primeira vez também sou produtor da peça.

Fonte: O Fuxico.

'Eles me apedrejam nas ruas!', diz Pigossi caso Juvenal não termine com Lindinalva



Na trama das 23h, Juvenal (Marco Pigossi) vive sempre em conflito com o conservadorismo de sua família. Dorotéia (Laura Cardoso), Coronel Amâncio (Genézio de Barros) e Berto (Rodrigo Andrade) não têm nada a ver com o jovem, que vê a vida sob outro viés que não a violência do coronelismo da época. “Juvenal é completamente diferente de todos os personagens que já fiz. Então, há essa brincadeira de eu estar descobrindo esse trabalho novo, que é diferente pra mim”, diz Pigossi, que também agradece muito pelo papel:
“Acho que a construção do Walcyr Carrasco em cima do Juvenal tem sido muito interessante, porque tudo na vida dele tem tido muita coerência. A trajetória de sofrimento, ele perdido, indo atrás da Gerusa (Luiza Valdetaro) porque acha que perdeu a Lindinalva (Giovanna Lancellotti)... E ele acaba vendo que também não é isso. Então, são redescobertas de sentimentos que ele vai tendo ao longo da história e agora vai ser muito interessante ele se resolvendo sobre esse amor com a quenga”
Fora das telinhas e pela web, Marco também é um sucesso, mas em tom de brincadeira, ele comenta: “Olha, esse fenômeno na internet acontece porque a Giovanna Lancellotti é uma das atrizes brasileiras que mais tem fã-clubes (risos.  Ela é muito querida nas redes sociais e tudo mais, então, tem essa brincadeira de bombar nesse meio. Acho que essa história do galã, eu considero uma consequência do meu trabalho. Isso nunca é o objetivo principal. Mas, se acontece, é uma consequência, mesmo. É o encontro dos dois, a história de amor que acontece e tudo em torno desses dois personagens”.
Sobre como Juvenal deve terminar na novela, o ator torce: “O Juvenal é o par perfeito pra Lindinavla, né? Não tem jeito. Ele é a única pessoa que fez ela se sentir bem de alguma maneira, porque ela sofreu durante toda a trama. Ele é o cara que sentiu compaixão por ela e depois isso aflorou para uma paixão verdadeira. Isso é muito interessante”.
Mas e a repercussão nas ruas, será que ele gosta? “Eu adoro! Dou a maior corda! Quando as pessoas vêm falar comigo eu paro pra conversar, pergunto o que acham como deve ser e tudo mais. Gosto de saber o que o público tá achando e esse negócio do casal ter que terminar junto é unânime! Se não acontecer, além de me apedrejarem, o pessoal deve ir atrás do autor também! E eu, idem, porque tô torcendo pra caramba pra isso! (risos)”
Fonte: Globo.com